domingo, 28 de novembro de 2010

Filtragem I

Os filtros vão reduzir todos os ruídos provenientes seja do material, seja das frequências indesejadas. Como sabemos que o sinal captado por um electrocardiógrafo está entre a gama de frequências 0,5-50Hz. Teremos assim de montar um Filtro Passa-Banda constituído por um Passa-Baixo com uma frequência de corte de 50Hz e um Passa-Alto com uma frequência de corte de 0,5Hz.

Passa-Baixo

Utilizamos primeiro o Passa-Baixo pois este melhora a rejeição de interferências provenientes da alta frequência induzida pelos cabos do ECG. O filtro tem as seguintes características:
  • Filtro é Activo
  • É de segunda Ordem
  • É do tipo Sallen-Key
  • Utilizamos um AmpOp TL084
Filtro Passa-Baixo Sallen-Key




Terá uma frequência de corte de 50Hz ou seja todas as frequências a cima dessa valor serão eliminadas.
Quanto ao dimensionamento, por se tratar de um Filtro Passa-Baixo Sallen-Key dispomos de três formulas para calcular condensadores e resistências:

Factor de Qualidade
Frequência de Corte
Frequência de Pólo
Sendo que o Kc consultamos na seguinte tabela depois de termos calculado o factor de qualidade:


Com os cálculos feitos obtivemos assim:
C1=47nF
C2=100nF
R=21,8kOhm = 22kOhm

Depois de montado, testámos o circuito aplicando diversas frequências de 30Hz a 180Hz e verificamos o comportamento do filtro ao aproximar-se dos 50Hz e ao passar.
Com o simulador de ECG, conseguimos obter a seguinte imagem com Amplificador de Instrumentação + Passa-baixo. Aqui o CH1 está a visualizar o sinal de entrada (depois do Amplificador de Instrumentação) e o CH2 está a visualizar o sinal de saída (depois do Filtro).


Montagem de Passa-Baixo
Onda Obtida pelo Passa-Baixo

sábado, 27 de novembro de 2010

MUX

Sabemos que para realizar um ECG, necessitamos de dispor vários eléctrodos no corpo, de algumas formas diferentes como já foi exposto anteriormente. Segundo o Triângulo de Einthoven existem 3 derivações, mas no nosso projecto vamos apenas usar duas. Cada derivação vai ter uma forma de onda diferente.
Assim sendo, neste trabalho vamos ter dois amplificadores de instrumentação, ambos com o mesmo ganho de 10 e cada um para uma derivação diferente. Para escolher que derivação vamos filtrar e posteriormente visualizar teremos de aplicar um Multiplexer Analógico 2:1 (ADG509A). 
Para controlar a derivação que queremos visualizar utilizaremos um Botão On/Off (5v-0v), sendo que cada derivação aparecerá consoante o estado do botão. Este botão vai ter um bloco especifico na parte de Software, para o podermos controlar.

Esquema do Integrado


Tabela de Verdade












Nas figuras a cima conseguimos ver os esquema do Mux que é nos dado pelo datasheet e a respectiva tabela de verdade. Desta forma as ligações que vamos fazer são: aplicar a Vdd 5V, a Vss aplicar -5V. O Enable, segundo a tabela de verdade estará sempre a 1 logo aplicamos-lhe 5V, também. Ligamos a Terra a GND e será em S1A e S2A que vamos ligar as saídas vindas de cada amplificador. Para escolher a derivação, iremos ligar A1 a 0V (como está no datasheet) e apenas A0 é usado para comutação das derivações (este pin estará ligado ao software). À saída, estará em Da, onde é possível visualizar a derivação escolhida, segundo a tabela de verdade.
Para testar, aplicamos uma onda a S1A e 0V a S2A, vendo o que sai à saída ao comutar 0 ou 1.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Amplificador de Instrumentação

Como está disponível no nosso diagrama de blocos da publicação anterior, o primeiro bloco é a amplificação. Para isso são utilizados Amplificadores Operacionais (Ampops) - circuitos integrados capacitados com variadas operações (inversão, soma, subtracção, integração, diferenciação, entre outras) e com características especiais tais como: resistências de entrada elevadas, resistências de saída baixas e ganho elevado. Estes circuitos integrados são constituídos principalmente por transístores e resistências.

Nesta primeira amplificação é utilizado um Amplificador de Instrumentação. Este é projectado especialmente para sistemas de aquisição de dados, testes automáticos de equipamentos e instrumentação médica. É utilizado neste caso, pois pretendemos amplificar um sinal diferencial a partir de duas derivações (ligadas aos eléctrodos) e tem como vantagens de utilização a elevada impedância de entrada e facilidade de ajuste do ganho.
Tem então, como principal função amplificar o sinal de entrada, contendo um ganho de 10. Desta forma irá amplificar o sinal 10 vezes: se ao inicio tivermos uma amplitude de 1V, o sinal de entrada estará amplificado para 10V. Este amplificador é composto por 3 Ampops e 7 resistências, em que uma (Rg ou aR) é variável, permitindo anular erros de 'offset'.
No nosso caso iremos utilizar o Ampop AD622, com os 3 Ampops e resistências já integradas, onde apenas calculamos Rg segundo:

G=1+49,4k/Rg, onde G é o ganho do circuito
Para um ganho de 10 obtivemos um Rg=5,6kOhm
No nosso projecto, necessitamos de utilizar dois Amplificadores de Instrumentação, um para cada derivação.  


Ao testar com o simulador tivemos de aplicar um ganho maior (de 500) adicionando uma Resistência de 100Ohm, e obtivemos a seguinte onda:


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Diagrama de blocos

                 O sistema de um ECG poderá ser subdividido em etapas. Num momento inicial o coração emite um impulso eléctrico que vai ser depois captado pelos eléctrodos. Depois este é amplificado, de modo a obter um sinal de maior intensidade. De seguida o sinal e filtrado para uma gama de frequências entre 0.5 e 50 Hz característica esta do ECG. Deste modo, o sinal é então isolado e atenuado sendo posteriormente amplificado.
Por último, o software consiste na aquisição, processamento e visualização de dados sendo este realizado no labview, programa adequado para este fim.